As perdas na receita do varejo gaúcho durante cinco semanas de fechamento ou restrições do comércio já totalizam R$ 6,63 bilhões em todo o Rio Grande do Sul, segundo cálculos da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A queda de faturamento total no Brasil ficou em preocupantes R$ 86 bilhões. A título de comparação, as perdas na produção de grãos na região de Santa Maria devem superar os R$ 3 bilhões nesta safra.
No ranking nacional, o Rio Grande do Sul ficou com a terceira maior perda de receita, só atrás de São Paulo (-R$ 26,5 bilhões) e de Minas Gerais (-R$ 6,9 bilhões). O prejuízo foi maior do que Estados como Rio de Janeiro (-R$ 6,55 bilhões), Santa Catarina (-6,26 bilhões) e Paraná (-R$ 5,64 bilhões). A pesquisa levou em conta o período entre 15 de março e 18 de abril.
General nascido em São Gabriel assume Comando Militar do Sul
Segundo a CNC, a principal perda foi na 4ª semana de março, quando o varejo essencial (mercados e farmácias) teve queda de R$ 3,44 bilhões no faturamento, enquanto o varejo não essencial (demais segmentos) faturou menos R$ 19,59 bilhões no país todo. Nas semanas seguintes, com afrouxamento das restrições à circulação, as perdas foram reduzindo. Na segunda semana de abril, o varejo essencial ainda tinha queda de R$ 1,04 bilhão, enquanto o varejo não essencial perdeu R$ 16,02 bilhões de faturamento em todo o Brasil.
A projeção da entidade é que a retração abrupta do nível de atividade no varejo ocorrida nas últimas semanas poderá eliminar 28% dos postos de trabalho formal do setor no Brasil, o que pode representar a demissão de 2,2 milhões de trabalhadores nos próximos três meses. Os dados são extremamente preocupantes.